domingo, 20 de janeiro de 2013
Un abraço à Lilica e a todas as Lilicas do mundo inteiro. A melhor das sortes
Acabei de ver agora a Lilica no jornal da noite da TVI. Chamaram-lhe uma cadela solidária, porque depois de comer trás a comida para os outros animais.
A Lilica , tornou-se uma efémera vedeta mediática , porque com tanta fome e com seis crias para alimentar teve de se fazer à estrada, ao lixo. Alguém a olhou com olhos de ver. E a Lilica é linda, mas os seus olhos são de uma enorme sabedoria, de uma enorme nostalgia, talvez da bondade e responsabilidade humana.
Não tardará muito e Lilica terá novamente crias e as suas fêmeas multiplicarão até ao infinito a fome e a carência, que a ignorância e a desumanidade, com um simples gesto de guarda poderia evitar, não podendo providenciar a castração. É só uma questão de respeito.
E a Lilica que não fala, mas sente, se pudesse resguardar-se-ia.
Na impossibilidade de fazer algo por ela desejo-lhe sorte.
E aproveitando este olhar, e esta situação que não é para sorrir, mas para gritar de alerta e de indignação, as autárquicas estão aí, e a pretexto da crise o número de animais abandonados e vadios aumentou de uma forma exponencial. E não vejo nenhum autarca a abordar este problema
Viajar pelo Alentejo é um sofrimento.
O Algarve também. Em Tavira uma vergonha, uma tristeza. A quantidade de animais vadios e a quantidade de cadelas grávidas, esfomeadas a rondarem todas as possibilidades de comida. Uma à beira de parir dormia num cesto de plástico, que alguma alma caridosa lhe providenciou como se estivesse num palácio.
Gostaria que o este país, Portugal, sem rumo, não ignorasse a sua própria realidade, e olhasse para todas as Lilicas que erram por aí e que definitivamente se acabasse com esta desumanidade. È só uma questão de respeito e de responsabilidade.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário