De manhã já não muito cedo, não teria dado por eles se não fosse a voz solícita do pai: “Queres um rissol, um croquete, uma empada?" Não ouvindo resposta, levantei os olhos na direcção da voz. O pai dizia: “não penses que sou a tua professora de inglês!”.
A adorável criancinha, um rapaz lingrinas na ordem dos sete anos, estava com uma postura linda de se ver. Sentado de costas meio - voltadas para o progenitor, um pé encima da cadeira. Pensei que antes das perguntas o teria mandado sentar de forma conveniente e caso, a sugestão não tivesse resultado, perguntar-lhe - ia se queria um estalo, que estava mesmo a pedi-las.
A criança entretanto levantou-se, abeirou-se da mulher, a que estava encostada de pé uma rapariga da mesma idade, ambas ignoraram o que se estava a passar O pai irritado levantou-se , levou um arremesso de pontapé e de murro, e “ não gosto de ti porque és feio”, disse-lhe a criança, que entretanto levou um tímido carolo.
Pai sentado, novamente à mesa, onde reinava uma paz absolutamente podre.
Independentemente dos vínculos dos envolvidos na cena, e não sendo partidária do abuso de poder, acho que os pais estão reféns do que quer que seja, e as crianças à rédea solta, para se tornarem as grandes bestas do futuro.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
1 comentário:
Há que arranjar um ponto de equilíbrio sempre difícil de alcançar!
Educar não é fácil.
Beijos,
Enviar um comentário