De manhã já não muito cedo, não teria dado por eles se não fosse a voz solícita do pai: “Queres um rissol, um croquete, uma empada?" Não ouvindo resposta, levantei os olhos na direcção da voz. O pai dizia: “não penses que sou a tua professora de inglês!”.
A adorável criancinha, um rapaz lingrinas na ordem dos sete anos, estava com uma postura linda de se ver. Sentado de costas meio - voltadas para o progenitor, um pé encima da cadeira. Pensei que antes das perguntas o teria mandado sentar de forma conveniente e caso, a sugestão não tivesse resultado, perguntar-lhe - ia se queria um estalo, que estava mesmo a pedi-las.
A criança entretanto levantou-se, abeirou-se da mulher, a que estava encostada de pé uma rapariga da mesma idade, ambas ignoraram o que se estava a passar O pai irritado levantou-se , levou um arremesso de pontapé e de murro, e “ não gosto de ti porque és feio”, disse-lhe a criança, que entretanto levou um tímido carolo.
Pai sentado, novamente à mesa, onde reinava uma paz absolutamente podre.
Independentemente dos vínculos dos envolvidos na cena, e não sendo partidária do abuso de poder, acho que os pais estão reféns do que quer que seja, e as crianças à rédea solta, para se tornarem as grandes bestas do futuro.
sábado, 31 de março de 2012
segunda-feira, 26 de março de 2012
Gare do Oriente
Globalização
Há uma mulher brasileira que penso ainda não terá quarenta anos , por quem tenho muita simpatia e admiração. É funcionária num dos raros cafés da Gare do Oriente, que dá para a rua, mais precisamente para a praça de táxis.
Soube hoje, não em jeito de queixa, que abre a loja às seis e meia, e a encerra às vinte. Partindo do princípio que não pernoite por ali, poder-se-á inferir o tempo que lhe sobra para descansar, porque só folga ao domingo.
Tem sempre um ar impecável, muito despretensioso, e um sorriso que lhe confere beleza e lhe irradia o rosto.
As poucas conversas que lhe ouvi são inteligentes e tanto quanto me apercebi, percorreu meio mundo até se radicar por aqui.
É este tipo de gente construtiva, que apesar das poucas oportunidades que lhes dão constroem com dignidade e que são tão livres que de repente tanto podem estar por aqui , como por ali, que escapa, ao poder político, a uma forma de pensar que as realidades são estanques e que os seres são manipuláveis.
Cada vez há-de haver mais gente que não tem nada a perder, e talvez seja por isso que as civilizações se perdem.
Há uma mulher brasileira que penso ainda não terá quarenta anos , por quem tenho muita simpatia e admiração. É funcionária num dos raros cafés da Gare do Oriente, que dá para a rua, mais precisamente para a praça de táxis.
Soube hoje, não em jeito de queixa, que abre a loja às seis e meia, e a encerra às vinte. Partindo do princípio que não pernoite por ali, poder-se-á inferir o tempo que lhe sobra para descansar, porque só folga ao domingo.
Tem sempre um ar impecável, muito despretensioso, e um sorriso que lhe confere beleza e lhe irradia o rosto.
As poucas conversas que lhe ouvi são inteligentes e tanto quanto me apercebi, percorreu meio mundo até se radicar por aqui.
É este tipo de gente construtiva, que apesar das poucas oportunidades que lhes dão constroem com dignidade e que são tão livres que de repente tanto podem estar por aqui , como por ali, que escapa, ao poder político, a uma forma de pensar que as realidades são estanques e que os seres são manipuláveis.
Cada vez há-de haver mais gente que não tem nada a perder, e talvez seja por isso que as civilizações se perdem.
quinta-feira, 22 de março de 2012
Passos acagaçado
É sintomático que nos governos do PSD ou em coligações que entrem há sempre bordoada. No tempo de Cavaco, com o facínora Loureiro, foi um rapaz parar a uma cadeira de rodas. Hoje foi no Chiado. Independentemente das provocações foi assustador ver os PSPs, robóticos a descarregarem as frustrações no alvo errado, que estava mais ao Centro, protegido por um raio de segurança. Não sei porquê Passos faz-me lembrar sempre a figura de Sidónio Pais. Com a política que está a fazer, não me admiraria se tiver um destino semelhante.
Passo a passo, estamos a caminhar para deixarmos de ser um povo de brandos costumes. Os sinais estão aí, a par e passo ao desaparecimento de dinheiro de plástico para muitos.
Os políticos acagaçados.
Passo a passo, estamos a caminhar para deixarmos de ser um povo de brandos costumes. Os sinais estão aí, a par e passo ao desaparecimento de dinheiro de plástico para muitos.
Os políticos acagaçados.
terça-feira, 20 de março de 2012
Porugal - em morte encefálica
O Estado deve oitenta milhões de euros aos Seguros, razão pela qual, estes não fazem seguros contra incêndios, nem seca.
O Estado deve milhões de euros às farmácias e à indústria farmacêutica. Quando estes ameaçam romper fornecimentos, correm o risco de incorrerem em crime.
O Estado vende sem puder, empresas e indústrias estratégicas, caminhando o país a passos largos para um inexorável abandono, pior que o de qualquer deserdado país da América Latina.
As dívidas das autarquias são incomensuráveis, e sendo nós um povo gerido por gente fraca em contas, os números de Ruas, não coincidem com os de Relvas e os deste com Ruas. Com gentinha desta não admira que estejamos nas ruas da amargura.
Depois do casamento angolano, Cristas, passeia-se por Angola, promiscuidade é mato; Portas na Líbia à procura de negócios, ou da Primavera e depois levam a mal o que se diz na EU,
Sendo o que se passa terrorismo de Estado, e havendo tantas vozes críticas, caso estivéssemos nós numa democracia, não se pode fazer nada? Ou será que estamos declaradamente em morte encefálica?
O Estado deve milhões de euros às farmácias e à indústria farmacêutica. Quando estes ameaçam romper fornecimentos, correm o risco de incorrerem em crime.
O Estado vende sem puder, empresas e indústrias estratégicas, caminhando o país a passos largos para um inexorável abandono, pior que o de qualquer deserdado país da América Latina.
As dívidas das autarquias são incomensuráveis, e sendo nós um povo gerido por gente fraca em contas, os números de Ruas, não coincidem com os de Relvas e os deste com Ruas. Com gentinha desta não admira que estejamos nas ruas da amargura.
Depois do casamento angolano, Cristas, passeia-se por Angola, promiscuidade é mato; Portas na Líbia à procura de negócios, ou da Primavera e depois levam a mal o que se diz na EU,
Sendo o que se passa terrorismo de Estado, e havendo tantas vozes críticas, caso estivéssemos nós numa democracia, não se pode fazer nada? Ou será que estamos declaradamente em morte encefálica?
domingo, 11 de março de 2012
Portugal na CEE
O que é que a Trafaria e Guimarães, capital europeia da cultura têm em comum?
A falta de estratégia, que é intrínseca a todos quantos têm passado pelo desgoverno deste país.
Agora são as Assunções, os Viegas, os Macedos, os Gaspares, os Aguiares, e toda a outra seita de zeros, como os Passos.
Guimarães esqueceu-se de convidar Sofia Escobar, mas não se esqueceu de Toni Carrera.
Lembrou-se de evocar Camilo Castelo Branco, pondo sumidade, talvez Sampaio, a ler excertos da sua obra aos reclusos em Guimarães, para eles num assomo de criação escreverem as suas memórias no cárcere, eventualmente para se converter em obra liberaria.
Presumo que não estarão presos por adultério. Não há nada mais parecido, melhor “alembrado”
De facto e como está à vista. O vinho é que induca, e a prisão é que instrói, ou será o fado?
E por falar em fado. A Trafaria é mal fadada. Melhor dizendo, Portugal, tem uma fada má.
A Trafaria poderia ser uma pérola. Entre um Rio, que não há igual, um mar que não há igual, uma encosta verdejante que alberga o que poderia ser uma interessante componente cultural, baterias militares, destruídas pelo abandono, e de onde se tem uma vista ímpar a perder de vista.
Lixo a pontapé. E a protecção civil, não sabe que este é um dos factores porque Portugal, arde, até não mais poder.
Cães, não são uma obsessão, avisaram-nos do perigo de poder aparecer uma matilha selvagem. Só nos falta a raiva. Venha ela, para lhe dar azo.
Ah! e a minha mãe disse: "e é para isto que roubam o dinheiro aos velhos". Falava de Guimarães.
A falta de estratégia, que é intrínseca a todos quantos têm passado pelo desgoverno deste país.
Agora são as Assunções, os Viegas, os Macedos, os Gaspares, os Aguiares, e toda a outra seita de zeros, como os Passos.
Guimarães esqueceu-se de convidar Sofia Escobar, mas não se esqueceu de Toni Carrera.
Lembrou-se de evocar Camilo Castelo Branco, pondo sumidade, talvez Sampaio, a ler excertos da sua obra aos reclusos em Guimarães, para eles num assomo de criação escreverem as suas memórias no cárcere, eventualmente para se converter em obra liberaria.
Presumo que não estarão presos por adultério. Não há nada mais parecido, melhor “alembrado”
De facto e como está à vista. O vinho é que induca, e a prisão é que instrói, ou será o fado?
E por falar em fado. A Trafaria é mal fadada. Melhor dizendo, Portugal, tem uma fada má.
A Trafaria poderia ser uma pérola. Entre um Rio, que não há igual, um mar que não há igual, uma encosta verdejante que alberga o que poderia ser uma interessante componente cultural, baterias militares, destruídas pelo abandono, e de onde se tem uma vista ímpar a perder de vista.
Lixo a pontapé. E a protecção civil, não sabe que este é um dos factores porque Portugal, arde, até não mais poder.
Cães, não são uma obsessão, avisaram-nos do perigo de poder aparecer uma matilha selvagem. Só nos falta a raiva. Venha ela, para lhe dar azo.
Ah! e a minha mãe disse: "e é para isto que roubam o dinheiro aos velhos". Falava de Guimarães.
domingo, 4 de março de 2012
Acuso
Exma. Sra. Miminstra
Assunção Cristas
Não nego verdadeira antipatia por si enquanto pessoa, assim como total descrédito pela política que pratica relativamente aos diferentes ministérios que detêm. Pena é, que no futuro saia ilesa de todas as consequências que as suas medidas arbitrárias e construídas levianamente irão causar, nomeadamente no que se refere à habitação e à terceira idade, a grande lesada, como se irá verificar.
Mas como diz a sua matriz é social cristã, e a Justiça Divina, não se faz esperar.
Num momento em que está tão voltada para a natureza e para a reforma agrária deixo-lhe um desafio, que Portugal desde o tempo dos Afonsinos, até á actualidade decrépita não conseguiu resolver. Até Junot, sim, Jumot se viu obrigado a legislar.
Passo a explicar:
Animais errantes.
Não há muito tempo foram noticia no norte do país. Duzentos ou trezentos. A GNR, convidada a disparar sobre eles recusou.
Hoje num dia de Sol. Uma esplanada no Portinho da Arrábida. De rompante eram seis. Depois disseram-me que costumam ser trinta, vêm lá da serra.
Paisagem protegida? Fogos, animais errantes, porcaria por tudo o que é lado. Quanto pago com os meus impostos para mais esta farsa?
Uma das cadelas, em idade de procriar. No mínimo 8 crias. Se 50% forem fêmeas. Total ano: +128 animais errantes XXXXX
Como vê Sra. Ministra, não é preciso ser um crânio, para chegar a esta conclusão. É preciso é não meter a demagogia à frente de tudo.
Pense no assunto. Já basta de subdesenvolvimento.
“Pode-se avaliar o grau de desenvolvimento de um povo pela forma como tratam seus animais” Gandhi
P.S. Se Assunção Cristas me responder, a este e-mail assinado que lhe enviei, publicarei aqui a resposta.
O " acuso", inspirado num dos meus escritores preferidos, Zola, só isso.
Assunção Cristas
Não nego verdadeira antipatia por si enquanto pessoa, assim como total descrédito pela política que pratica relativamente aos diferentes ministérios que detêm. Pena é, que no futuro saia ilesa de todas as consequências que as suas medidas arbitrárias e construídas levianamente irão causar, nomeadamente no que se refere à habitação e à terceira idade, a grande lesada, como se irá verificar.
Mas como diz a sua matriz é social cristã, e a Justiça Divina, não se faz esperar.
Num momento em que está tão voltada para a natureza e para a reforma agrária deixo-lhe um desafio, que Portugal desde o tempo dos Afonsinos, até á actualidade decrépita não conseguiu resolver. Até Junot, sim, Jumot se viu obrigado a legislar.
Passo a explicar:
Animais errantes.
Não há muito tempo foram noticia no norte do país. Duzentos ou trezentos. A GNR, convidada a disparar sobre eles recusou.
Hoje num dia de Sol. Uma esplanada no Portinho da Arrábida. De rompante eram seis. Depois disseram-me que costumam ser trinta, vêm lá da serra.
Paisagem protegida? Fogos, animais errantes, porcaria por tudo o que é lado. Quanto pago com os meus impostos para mais esta farsa?
Uma das cadelas, em idade de procriar. No mínimo 8 crias. Se 50% forem fêmeas. Total ano: +128 animais errantes XXXXX
Como vê Sra. Ministra, não é preciso ser um crânio, para chegar a esta conclusão. É preciso é não meter a demagogia à frente de tudo.
Pense no assunto. Já basta de subdesenvolvimento.
“Pode-se avaliar o grau de desenvolvimento de um povo pela forma como tratam seus animais” Gandhi
P.S. Se Assunção Cristas me responder, a este e-mail assinado que lhe enviei, publicarei aqui a resposta.
O " acuso", inspirado num dos meus escritores preferidos, Zola, só isso.
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